segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A Varadero e os Alpes...



Ontem, dia 21 de Agosto, vou-vos contar o que na realidade nos aconteceu.
Encontramos-nos presos no meio dos Alpes!

A Varadero vinha já a fazer um barulho, um chiar, que se tornou constante, ocorreu-nos ser a corrente, mas óleo com fartura ela levava, mas falhou o pensar num rolamento de roda… ora nem mais!

Mas tudo na realidade começou quando...O GPS, deu-nos indicações para irmos para Bolzano, mas com mais 170km dos que os pretendidos, entramos assim na Áustria sem intenção. Ao fim de uns quilómetros de mini Stelvios, em que no início se encontrava indicação de quantas curvas do género iríamos ter, num dos casos, eram só 12 montanha abaixo, acabamos em direcção de Lienz de boa vontade.

Entramos na cidade em busca de almoço, foi mesmo no Mc Donald’s que parámos e ao pé de uma Tiger que vinha da Grécia.

Depois do almoço conhecemos os donos da dita cuja, que nos aconselharam a ir passar num local que se pagava 99€ por mota, mas que era uma estrada esplendorosa e que tinha de ser feita uma vez estando na Áustria, mas sinceramente nós não percebemos o nome nem a Áustria fazia parte dos planos. Fica para explorar de uma próxima vez.



Regressamos a terras italianas, quando após alguns quilómetros a Varadero insistia no seu chiar, até que se tornou assustador, insistente até que se apercebeu de ter partido qualquer coisa e a conducção, mais precisamente a traseira, se tornou instável.


Parou a mota e perguntou-me se eu tinha visto saltar alguma coisa, nada, disse-lhe eu, que me apercebi de toda a situação.

Voltou a tentar fazer circular a mota até uma pequena aldeia, onde nos encontramos até agora.

Paramos numa sombra, e com ferramentas na mão chegou-se a conclusão que a roda estava solta e que só poderia ser um rolamento danificado.

Vinha um motociclista a passar na sua KTM, a quem eu acenei e pedi algumas informações apesar de ser domingo, se haveria algum mecânico de motos na área.







 
Além do pormenor de morar na casa em frente onde tínhamos as motos estacionadas, prontamente levou o Carlos na minha mota até ao local onde era a oficina, e se prontificou a ajudar em qualquer aspecto.

Depois de solicitar o reboque, foi ele que falou ao telefone com o motorista e onde estávamos também, com ele combinou falar com o mecânico de manhã para saber se poderia arranjar a moto.

A seguir ainda nos indicou e levou ao local onde iríamos pernoitar, entrando em conversações com a dona da pousada, e mais uma vez sempre pronto a ajudar queria levar o Carlos e as tralhas até á pousada e ainda pediu desculpa por segunda de manhã não poder ajudar pois estava a trabalhar!

Vejamos, onde nos encontramos não se fala Inglês. Somente Italiano e German, que é diferente de Deutch, ou seja, como nós não falamos nenhum tipo de alemão, e italiano, capiscamos muito pouco, estávamos tramados senão fosse o nosso amigo Martin, cidadão da aldeia Welsberg Monguelfo.

Assim arranjamos dormida e depois de algum stress da minha parte por toda a situação fomos jantar e sem mais nada poder ser feito fomos descansar.

Acordamos cedito para ir até ao mecânico conversar com ele e chamar o reboque se ele desse o OK ao tipo de reparação necessária.

 











Qual não foi o nosso espanto quando lá chegamos, a Varadero já lá estava, o problema até já tinha sido explicado pelo senhor do reboque, que era um conhecido do Martin, e a quem provavelmente o Martin teria explicado o problema sem que a gente se apercebesse, e o mecânico, que também não arranhava o Inglês, prontamente nos explicou que iria proceder á desmontagem da roda para verificar quais as peças necessárias e que pelas 14h30 teria uma resposta para nós. Claro está que fiquei a perceber tudo isto, pelo Google traductor… ora escreves tu ora escrevo eu!


Sim, o cão está no supermercado
Passeamos pela enorme aldeia que atravessávamos a pé em 10 minutos, entrando em todas as lojinhas possíveis e a seguir vim-me dedicar ao blog.

Na hora apontada fomos até á oficina, onde podemos observar a roda desmontada e o rolamento danificado… Conclusão, pelas 17h30 saberíamos que tínhamos a mota pronta ou não! Era uma questão de ele receber a peça.

Tudo se resolveu e ás 18hr já estávamos de volta á pousada prontos para arrancar no dia seguinte, com rolamento novo!

Amanhã, finalmente, após os quilómetros a mais do GPS e um rolamento, iremos a Stelvio, se calhar só volto a dar novidades quando estiver em casa….

ESLÓVENIA - NÃO COMPREM O DISTICO DAS AUTO-ESTRADAS!


Sem dúvida o maior erro que podem cometer!

Como não queríamos adquirir o selo obrigatório para circular nas auto-estradas da Eslovénia, defini no gps que as evictasse a todo o custo! Hehehe Foi o melhor que nos podia ter acontecido. Estradas lindas de montanha que nos tiram do sério, acompanhados a todo o momento por inúmeros motociclistas de todo o género. Simplesmente fantástico.

 




Assim nos dirigimos para Ljubljana, capital, para ir deitar um olho á tal cidade que todos me aconselharam a ir ver… mas estava um calor insuportável…apenas demos uma voltinha á beira-rio, mas ficamos bem impressionados.






Daí dirigimos-nos para norte em direcção á fronteira com Itália, queríamos chegar o mais perto da direcção de Stelvio possível, último ponto que tínhamos em mente antes de voltar para casa.

Mais uma vez estradas fantásticas de montanha que nos deixaram extasiados de tal forma que quisemos deixar para o dia seguinte mais um bocadinho daquela paisagem e estrada e como tal ficamos por uma vila chamada Most Na Soci.

Estávamos numas bombas quando vi chegar um motociclista montado no seu ferro com aspecto de Harley Davidson, mas com uma Intruder 1400! Disse ao Carlos para que lhe perguntasse se havia local para pernoitar por ali. 

Passados 5 minutos estávamos a beber jolas no café á espera que nos viessem dar a chave do quarto… sem palavras para explicar todas as emoções que nos vêem á pele, neste tipo de situações.



Este local tinha um acontecimento, para o qual já chegamos tarde, que é pratica de saltos para um lago, mais uma vez extasiante. Mas o DJ continuava com alto som e como tal tomamos uma banhoca e fomos até lá ver o que se passava. Mais umas jolas e dois dedos de conversa com o nosso amigo Yankee (alcunha do facebook) quase não nos iam dando de jantar. Mas umas almas caridosas ainda nos fizeram uns bifes e uma saladita pelas 22hr.
Vista do quarto Most na Soci



























Amanheceu e partimos para mais umas curvas e em direcção a Stelvio.

Croácia - Costa Norte



Rijeka, Rovinj, Porec, íamos em busca de um dos parques de campismo naturista na zona, chegamos muito tarde e foi complicado tentar encontrar um local em condições para instalar a tenda, aquele parque é uma cidade dentro de uma cidade. Ficámos por Vrsar, num dos campos naturistas mais antigos, faz exactamente 50 anos.

Mais uma vez as fotos são proibidas por razões óbvias, mas ficam aqui algumas imagens.

Existe uma ilha que pertence também ao parque, para onde não se pode passar de veículo, só mesmo a pé, mas foi onde almoçamos no dia seguinte. Na companhia de gaivotas ávidas por alguma coisa que lhes pudéssemos dar, tivemos um almoço espectacular com vistas fantásticas para o adriático.



Não há muito mais a contar do dia de descanso que tivemos a não ser que apesar de haver internet, eu não tinha como carregar as máquinas nem o portátil, é necessário um pequeno transformador para corrente trifásica, que sinceramente não tive com paciência para ir comprar.

No dia seguinte íamos partir para Eslovénia.

Plitvicka Jezera - Património mundial

Continuamos em direcção aos outros lagos, os considerados património Mundial, decidimos fazer o nosso primeiro acampamento nessa zona, num parque de campismo que ficava a cerca de 15 quilometros da entrada para o parque natural.






Para quem acampa ficaria espantado com a qualidade do espaço, sim verdadeiramente um parque de campismo que só tem 3 estrelas mas as condições ficam muito além do estrelado. A simpatia impera no atendimento e para nosso espanto não existe hora de entrada no parque, está aberto 24hr e como tal a resposta da senhora que nos atendeu quando perguntei até que horas podíamos entrar com as motas ela me responde - É contigo, tu é que sabes!, sim fica ao nosso discernimento se a certa hora podes ter o veiculo a funcionar ou não!
Lá montamos a barraca e acabamos por jantar ali mesmo e fiquei pelo restaurante a tentar escrever umas coisa no blog.


Sem qualquer compromisso, sabíamos que um casal amigo nosso do Mototuga (mais precisamente Motoevasão, mas ninguém os mandou mudar de nome!), circulava por estes territórios, contactei-os e chegamos á feliz coincidência de querermos visitar os lagos no dia seguinte.



Não há muito a dizer a não ser - MUST BE SEEN! A não perder, um dia inteiro de caminhada, com direito a passeio de barco e de género de comboio em alcatrão. Nestes lagos não nos é permitido tomar banho, os peixes e os patinhos observam-nos com avidez de quem sabe que alguma coisa lhes há-de calhar. Somos constantemente ofuscados pela beleza da flora e fauna que nos rodeia.














Mas eu queria era mesmo ver um urso… pois nada! Nem ursos, nem linces, nem lobos… apesar de no mapa os indicar como nativos.


 
Apesar de estar cheio de gente e ser um horror, pois literalmente se atropelam e tirar fotografias é um verdadeiro jogo de cintura, adorámos a companhia e também todos os quilómetros que fizemos a pé.

E se queriam mais fotos... azar! Só mesmo lá indo! hehehehe!

e ainda:


Por fim eram umas 19hr quando eles arrancaram de volta para Zagreb e nós para o parque afim de jantarmos e tentar actualizar o blog…

Coisa que não aconteceu visto que ou a internet era manhosa, ou aqui o pc estava maluco… enfim sei que não me tem sido possível fazer um update constante da viagem mas andamos a curtir que nem loucos…

No dia seguinte partimos para a costa norte da Croácia.

Croácia - KRKA


 











Daí seguimos para o parque natural de Krka em Lozovac, onde se situavam uns lagos e depois de amontoarmos as tralhas todas nas motas, comprarmos os bilhetes, que são válidos por um dia dando acesso ás várias entradas do parque, metemos-nos num autocarro que nos levou até ao local onde poderíamos circular a pé e observar a beleza que nos rodeava.




Um calor abrasador acompanhou-nos sempre, e com o equipamento que tínhamos vestido, a visita não foi o mais agradável possível, mas tivemos a oportunidade de observar toda a beleza de que este parque é composto.





Nestes lagos é possível nadar, o que para mim estraga um bocadinho a coisa… o ser humano não tem limites e acaba sempre por estragar tudo o que a natureza lhe dá.



 


sem comentários...



















 
Este parque natural tem várias entradas, uma delas leva-te a observar uma ilha com uma igreja, que em principio teria um barco de 30 em 30 minutos, mas quando a gente lá chegou não estava a circular, eram cerca das 18hr.




Como estava a ficar de noite decidimos prosseguir caminho, ao arrancarmos desta zona, circulamos por um planalto, rodeados de vinhas e milho, durante quilómetros entrarmos e saírmos de pequenas aldeias, até que finalmente, após vestígios permanentes de bosta vacum no alcatrão, nos deparamos com o bicho vaca no meio da estrada.









Daqui só paramos em Plitvika Jazera, os mais famosos lagos da Croácia, mas sempre com estradas e paisagens de nos deixar sem ar... Ficamos num parque de campismo a cerca de 20 quilómetros de uma das entradas do parque.


bem também parámos aqui, estava a ficar frio... e eu queria vestir mais qualquer coisa.


Lindo não é?